domingo, 14 de outubro de 2018

PRECIOSO


Meus medos, meu mal.
Um carnaval de terrores,
Engessando meus passos
E atirando-me ao abismo.
Um abismo de repetições.

Meu medo é escuridão,
Que nubla minhas conquistas,
Antes de começá-las...
Indago-me a razão de tantos terrores.
Qual a serventia do medo,
Senão nos tornar pequenos,
Submissos, sem forças e derrotados?
Porque medo é o inimigo imaginário,
Que nos desmotiva antes do começar,
Mantendo-nos enjaulados no cotidiano.
O medo em si é o verdadeiro mal.
O mal que nos incapacita,
Que nos atira à pequenez.
Mas meu espírito é grande,
Como o universo em que habito.
E não sei o que temo mais,
Se é a grandeza que existe em mim,
Ou a escuridão da dúvida,
Que me atira a indagações infindas.
Mas o que seria possível sem o medo?
Como seriamos uns com os outros?
Como seriamos conosco?
Por que no final de tudo,
Medo é nada.
É o medo que nos arremessa ao nada.
É o medo que nos incapacita.
É o medo que nos lança na dúvida.
A dúvida do que podemos,
Quando nossa vontade é dirigida por nossa fé.
E a fé, em nós, é o revés do medo.
Ela liberta meus passos;
Retirando-me do abismo,
Conduzindo-me rumo a meus sonhos.
Por que a fé, em mim mesma, é meu bem.
Meu bem mais precioso.
Precioso a todos nós,
Imortais por nossas obras...

G. P. Silva Rumin

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