A manhã parece
jocosa,
com seu frescor,
multicor,
acompanhada da
algazarra dos pássaros.
Dirijo pelas ruas
desertas,
O dia em que não
terei mais o que pensar,
o dia em que me
livrarei das preocupações,
o dia em que não
recordarei mais você.
Não sinto nada.
Nem dor, nem
saudade,
somente o vazio,
deixado por algo
que terminou.
Seria normal
desamar assim,
após tanto
encantamento?
Meus sonhos
materiais me movem,
mas até quando?
Amanheço e anoiteço
em sonhos,
buscando afastar
você de mim.
Mas você teima em
ficar,
e sempre fica.
Meu amor terminou
em um lamento,
por tudo que
poderia ser e não foi.
E eu, o que poderia
ser e não fui?
Poderia ser tudo,
mas agora sou o
vazio.
Um vazio que não
sente nada,
não enxerga nada.
Apenas é.
Seria isso um amor
que não deu certo?
Mas se não deu
certo, era amor?
Respondo apenas por
mim.
E a mim, digo
sempre, eu amei.
Amei um coração
vazio.
E o vazio, gera
apenas isso: vazio.
Um vazio, somente.
G. P Silva Rumin
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