segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

RENASCER


Um beijo basta.
O cheiro, uma memória.
O sexo, um acontecimento.
Um jantar, uma história.
O amor em atos.

Uma conquista breve,
Que nos mergulha em sonhos.
Um beijo bastou
E eu estava entregue.
E dei a você todo o meu bem.
Tudo vagueia, incendeia.
Cheiro, abraço, olhar.
Um perdimento perigoso,
Sem começo ou fim,
Onde tudo é questionável.
Mas, de repente, nada bastava.
Tudo, então, tornou-se posse.
O começo do fim,
Prenunciado pelo medo.
Medo da perda,
Do presente, do futuro.
Nada mais basta,
Até que, em um ultimo ato,
Forçamo-nos a um adeus.
Um adeus esperançoso,
Que sonha com o retorno.
Mas, o mar de rosas, feneceu...
Ondula em espinhos,
Tentando nos acordar do torpor.
E o ardor, torna-se dor.
E o amor, morre.
Porque esse tipo de amor é mortal,
Fadado a se eclipsar.
E não ha renascimento,
Quando somente um amou.
Por isso nada bastou.
E a vida, sábia,
Ensina, com crueza, uma lição:
Não se sonha sozinho,
Não se ama sozinho.
Pois amor é reciprocidade.
Espalha vida, cores,
Alegrias e sorrisos.
E é jocoso e triste dizer,
Que precisei matar você em mim,
Para aprender o que é o amor.
Logo você, meu grande amor.
G. P. Silva Rumin

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