Pior que exigir
amor eterno,
É acreditar na
ideia em si.
Tal ideia é uma
corrente.
Pois quando o amor
termina,
E sacrifício, não é
amor.
Renunciar a si, por
uma ideia,
Jamais será amor.
Prender-se por
exigência de uma ideia,
Construída por
outros,
Pessoas que não o
conhecem,
É escravidão...
Ah... Onde está o
amor em tudo isso?
Por que tamanha
inversão?
Quem inventou que
sacrifício era amor,
Por certo, não
amou...
Amei muitas...
Continuo
amando-as...
Mas protegi-me do
sacrifício,
Quando a metáfora
das palavras feneceram,
Restando apenas
exigências.
Por que isso é
sacrifício.
Dar, sem receber.
E dar sem receber,
é perder sempre.
O perder de sonhos,
Sorrisos, abraços,
carinhos, cuidados.
É o perder a si,
para dar ao outro.
É o apagar-se, para
que o outro brilhe.
E o sacrifício é
uma mentira.
Não há nada que se
dê, sem espera,
Porque não existe o
plantio sem a colheita.
Julguei todos meus
amores, eternos.
E o são.
O que não existe é
o “juntas para sempre”.
Só há continuidade
no amor.
A pureza do gostar,
em si,
Que é para além do
conviver.
A única continua
relação, é conosco.
E não há beleza
maior,
Que o amor a si
mesmo.
Uma eternidade em
si.
Para os outros,
somos companheiros.
Passageiros, de
mãos dadas,
Enfrentando turbulências,
Entre jornadas de
tristezas e alegrias.
Uma jornada fugaz, apenas...
G. P. Silva Rumin
Nenhum comentário:
Postar um comentário