Ah
o amor...
Por
que tem que se tornar ódio,
Nos
derradeiros momentos da convivência?
Pois
o amor fica...
E
a prova é essa raiva,
E
a luta por deixar de amar,
Pois
a ausência é dor...
Uma
dor latente,
Pungente,
Que
indica que não sou nem isto ou aquilo...
Sou
tudo, sinto tudo, sou pluralidades...
Indago-me
por que esse amor te exige,
Como
uma condicional para manter-se,
Se
se mantém mesmo com sua ausência...
Não
posso eu amar e bastar-me:
Por
que tamanha complexidade?
A
relação termina, e o amor fica,
recordando-me
sensações,
mesmo
que tudo, ao final, seja um lamaçal...
Mas
lutar contra esse amor,
é
lutar comigo mesma..
E
quanto mais julgo superá-lo,
mais
ele cresce em mim,
estendendo-me
para além de mim...
E,
então, torno-me o amor,
em
razão de um amor por alguém,
cujo
convívio não vingou...
E
hoje já não choro mais,
não
lamento mais e não a quero mais...
Apenas
amo... e deixo-me amar...
Porque
há o amor,
e
o amor somente tornou-se minha força.
G. P. SILVA RUMIN
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