Meu
coração é puro,
Mas
minha razão é matreira.
Sinto
saudades de você.
Mas
não de você,
Que
me magoou.
Sinto
falta daquele você,
Que
minha ilusão criou.
Um
você amoroso, decidido, feliz.
E
é esse você que amo.
Meu
coração apaixonou-se,
Mas
por uma imagem distorcida.
E
nesse infinito de fantasias,
Você
correspondia, sorria, amava.
Mas,
rudemente, a realidade se mostrou.
O
meu sonho, então, eclipsou-se.
Estarrecida,
vi que você não era você.
E
tudo foi ilusão...
Mas
como pode o amor à ilusão ficar?
Como
posso amar algo que não existe?
Como
posso ter saudades de uma ilusão?
Mas
a realidade é cruel...
Grita
aos ventos sua existência,
Deita
seus espinhos,
Ferindo
até mesmo as rosas...
E
castelos ruem...
Princesas
tornam-se megeras...
E
você tornou-se realmente você...
Um
você cruel... Cruel demais...
Uma
face que desconheço...
E
vi-me no dilema,
De
não saber a quem amei...
E,
pior...
Sem
saber como ainda amo...
G. P. Silva Rumin
Poema do livro Kátharsis, disponível em ebook e capa comum pela amazon.com.br
Um comentário:
uauu é assim msm!
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