Já escutei muitos “eu te amo”,
mas todos duraram pouco.
Eles morreram após meu eu expressar-se.
Restou silêncios tristes;
agressões sofridas;
E o abuso é sutil;
mestre na arte da manipulação.
Quer que você se veja com culpa,
por algo que não criou...
Quer que acredite que amar é aguentar;
suportar frases irônicas;
exposição gratuita em público...
O abuso lhe torna uma piada;
nos reduz a uma sombra;
um feixe de luz que se apaga,
acreditando que amar, é inibir-se...
E tudo é abuso,
quando nos colocamos nessa posição:
de sermos abusados.
Por amor;
por amizade;
por medos;
por padrões...
Mas, quando o rompemos,
ah! a vida, ela sempre nos mostra,
que o amor-próprio, que não se cala,
opera milagres infinitos...
O amor-próprio constrói castelos,
escreve livros,
ergue o mundo...
Porque esse é o único amor;
o que verdadeiramente nos preenche...
E o único que vale a pena...
G. P. Silva Rumin
(poema integrante do livro Kátharsis, disponível em
capa comum e ebook pela amazon.com.br)
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