Poema "1, 2, 3", por Paola Victória

De que serve suas palavras,

De que serve suas lágrimas,

De que serve seu arrependimento,

Se, nesse momento, a insatisfação está entalada,

Entalada dentro, bem no fundo do meu ser,

No mais escuro de meu ser,

Onde tudo se esconde,

Onde tudo se refugia.

Conto 1,2,3...

Saio de tua presença,que me é incomoda,

De tua presença que, mesmo longe,povoa meu pensamento,

De tua presença que se modifica a cada momento.

Não reconheço teu rosto,

Não reconheço tua voz,

Não reconheço tua presença que era(era) o calor de minha alma.

Te ponho para fora de meu ser,

Que se torna vazio.

Um vazio catalogado de romance,

Um romance que me destrói,que me constrói.

O que fazes tu comigo?

Tu,incógnita,

Tu,uma metamorfose,

Tu,escuro desconhecido,nunca desbravado,sem fundo,sem campo de visão,sem ponto de início,de partida.

O que és tu?

Não sei.

Uma incógnita.

1,2,3...

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