Suspiro um suspiro de
cansaço.
Em minha mente,
atormentada,
sou sempre cobrada
por algo.
Mas tais cobranças
são dos outros
ou são vozes em minha mente?
Não há respostas.
Só silêncio.
E o silêncio é
cobrança.
A cobrança por me
sentir errada sempre...
Todo o tempo...
Tento me abraçar.
Digo a mim mesma que
está tudo bem.
Mas há uma falta...
Uma espécie de
desalinho.
Mas será que
realmente a falta existe,
ou será que acreditei
que há?
E será que essa falta
passou a ter vida,
quando me comparei
com os outros?
Depositei muitas
expectativas, é verdade.
E só colhi decepções.
E a expectativa
começa
quando endeusamos o
outro.
Algo sem sentido,
deveras...
Afinal de contas, não
há sentido
considerar o outro
melhor que eu,
pois, no final de
tudo, viramos pó...
E todos somos pó...
E pó, somente...
G. P. Silva Rumin
(Poema integrante do Livro Kátharsis)
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