Já foi mais um dia,
Foi-se um ano, dois,
trinta e oito.
Olho-me no espelho.
Ainda sou a mesma.
Com uma vida atarefada,
Mas ainda sou a mesma.
Sou a menina sonhadora,
Que enfrentava,
desafiava.
Sou a criança a quem
olhavam torto.
Essa sou eu. Sempre fui
eu.
Sempre serei eu. A
mesma.
A aprendiz, a
feiticeira;
A revolucionária, a
justiceira;
A iconoclasta, a
questionadora.
Essa sou eu. E ainda sou
a mesma.
Sou a criação pulsante,
E passo pela vida,
agitando-me,
Como um vento forte,
Que derruba o que já
está gasto.
Essa sou eu.
Uma ruptura entre o ser
e o não ser.
Uma agressão a esse
mundo iludido.
Alguém que se aponta nas
ruas;
Alguém que é encarada
com desconfiança,
Alguém que simplesmente
é,
Sem se importar com o
“deveria ser”.
Sim, essa fui eu.
Essa sempre fui eu.
E
essa ainda serei eu.
G. P. Silva Rumin
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