domingo, 16 de fevereiro de 2020

ALMA PENADA


A terna manhã invade a clareira,
Aquecendo meu corpo...
Que belo amanhecer.
As flores liberam a melancolia
Em forma de suspiros.

No ar, um hálito úmido e frio
Sussurrando em meus ouvidos.
A terra, ainda orvalhada, trepida.
Talvez seja um cervo me vigiando
Ou, então, as almas do bosque...
Queria que fosse você...
Um vento leve agita meus cabelos,
Afastando uma lágrima de meu rosto.
Canto a nossa singela canção.
O instante, então, torna-se eterno.
As lembranças dançam n’alma,
Afagando a beleza...
Mas ainda estou só.
Em meio à vida, estou só,
Jogando meus versos no riacho.
Meus versos mais secretos...
Quem sabe a correnteza não os leva até você.
Quem sabe você não volta?
Mas... Você não vem...

G. P. Silva Rumin
Poema do livro "Sinfonia com cortinas fechadas", à venda pela Amazon.com.br


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